Sindusmad: assembleia apresenta balanço anual e novas perspectivas para o setor de Base Florestal

Publicado em: 03 de Dezembro de 2019
Foto Por: Andressa Amaral
Fonte: Sindusmad

Diretoria e associados do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad) se reuniram no sábado (30) para a última assembleia geral ordinária do ano. Além da aprovação das contas do exercício de 2019 e previsão orçamentária para o ano de 2020,  foram apresentadas outras demandas internas, tais como, Convenção Coletiva de Trabalho firmado entre o sindicato empresarial e sindicato laboral, homologação e publicação no Diário Oficial da União (DOU) sobre as alterações no estatuto social do Sindusmad, e também foi ressaltado a importância do convênio do sindicato denominado Cartão Indústria, disponível para o uso dos empresários associados e seus colaboradores. Além disso, a reunião contou com a participação da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT), e do Deputado Estadual Dilmar Dal Bosco. A assembleia teve inicio as 10h00 e contou com a presença de 240 pessoas entre eles empresários e representantes de empresas associadas.

O presidente do Sindusmad Wilson José Volkweis avaliou as ações promovidas pelo sindicato e apontou a expectativa para 2020. “Cada vez estamos avançando mais. A presença dessas instituições nos ajudando demonstra nossa credibilidade, que hoje, o Sindusmad e o setor de base florestal possuem. É um grande avanço. Precisamos de mais mercado, nos preocupamos com a matéria prima e buscamos fortalecer ainda mais os projetos de manejo sustentável. E não pactuamos com coisa errada. A expectativa para 2020 será melhor que esse ano, e vamos conseguir grandes avanços para o nosso setor de base florestal”, garantiu.

Um dos convidados para palestrar durante a reunião, foi o economista Pedro Maximo, coordenador do Observatório da Indústria, setor da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), responsável por produzir informações estratégicas capazes de subsidiar decisões e contribuir com o desenvolvimento industrial em Mato Grosso. Uma das análises apresentadas foi o potencial das industrias madeireiras, principalmente por gerar crescimento econômico ao estado e o Sindusmad tem papel fundamental nisso, por ser o maior sindicato do setor de base florestal. “Eu entendo que a indústria madeireira tem potencial, ela é resistência. Ela é responsável por sustentar todo o noroeste do estado, além de gerar crescimento econômico, por manter empregos e sustentar famílias. Nós, enquanto Observatório da Industria, acreditamos muito no papel da industria de base florestal do estado. E o Sindusmad tem o papel fundamental de aglutinar pessoas. É a congregação de pessoas em prol de um objetivo em comum. E nós, da Fiemt, trazemos informações para eles, para que eles transmitam a seus associados. Isso é essencial para que o setor da madeira permaneça junto”, reforçou.

Pedro também listou os serviços que a Fiemt realiza para desenvolver o setor de base florestal no estado. “Nós temos a assessoria legislativa e a ambiental focada nisso para não deixar que leis possam comprometer com o desenvolvimento do estado. A gente tem um setor de exportação justamente para estimular, incentivar e participar de feiras internacionais a fim de aumentar a exportação do setor de base florestal, e na minha área, que é o Observatório da Industria, estamos adquirindo uma ferramenta que vai ajudar a responder algumas perguntas. Por exemplo, se eu colocar 40 milhões de reais a mais nesse setor, como vai se desenvolver? Qual o próximo elo da cadeia produtiva? Como vai agregar valor? Quanto vale uma floresta em pé e quanto vale uma tonelada beneficiada dessa madeira? Quantos empregos geram? Nós fazemos essas contas, comunicamos para os formadores de opinião e para sociedade por meio das mídias sociais”, informou.

A superintendente de Gestão Florestal da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA) Suely Bertoldi, reforçou a parceria entre o sindicato e o órgão público. “Desde quando entrei na Sema em 2006 que trabalho com o setor de Base Florestal. Sempre acreditamos na legalidade e na potencialidade do setor. O nosso objetivo é implementar o Sisflora (Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais), melhorar juntamente com o IBAMA, o Sistema DOF, aperfeiçoar a resolução 474 do Conama, entre outras ações. Se o setor está fortalecido, a SEMA se fortalece junto, dessa forma, todos estarão em prol do meio ambiente e da legalidade”, explicou. Na oportunidade a palestrante apresentou dados sobre o setor de base florestal do estado de Mato Grosso, apontando que o estado é um gigante em conservação obtendo 63% de sua vegetação nativa intacta. São 3 milhões de hectares devidamente manejados com a prospecção de alcançar 6 milhões em 2030.

Para o deputado estadual Dilmar Dal Bosco, um dos objetivos da Assembleia Legislativa é reduzir a carga tributária a fim de dar mais competitividade ao empreendedor do estado. “Eu tenho conhecimento da diferença do empreendedor do setor de base florestal no Estado de Mato Grosso em detrimento aos outros estados, como Acre, Rondônia, Pará. Nós temos que equiparar isso, ou seja, reduzir a carga tributária do estado e dar mais condições e competitividade a esse setor. Sempre vou defender a redução da burocracia, acho que temos que dar mais condições de negócio aos empreendedores do nosso estado. Eu entro em todos os debates e defendo esse setor que é responsável por tanta geração de emprego”, garantiu.