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A sustentabilidade do Manejo Florestal foi apresentada para as lideranças de diversos segmentos e autoridades, a fim de expor os inúmeros benefícios da técnica, mas principalmente a garantia de manter a floresta em pé. A terceira edição do Dia na Floresta foi realizada na fazenda Platina, do grupo Antoniolli, no município de Santa Carmem. O Evento foi promovido pelo Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeiras do Estado de Mato Grosso (CIPEM), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA).
Esta edição contou com a presença de embaixadores e representantes dos Estados Unidos, México, Panamá, Peru, Equador e Finlândia. Também estiveram presentes representantes da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT); Frente Parlamentar Agropecuária (FPA); Ministério Público Estadual (MPE); Polícia Rodoviária Federal (PRF); Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); Ministério das Relações Exteriores (MRE); Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e Juizado Volante Ambiental (Juvam).
A explanação sobre o tema não se limitou a vídeos e fotos institucionais, materiais informativos ou dentro de uma sala de reuniões. O tema Manejo Florestal Sustentável, teve o cheiro da mata fechada, o pó que levantou das estradas de terra, o calor escaldante, mas principalmente, o olhar atento de como é realizada a extração da madeira, do passo a passo do beneficiamento na indústria, para posteriormente ser encaminhada até o consumidor final.
Os visitantes estiveram, in loco, dentro de uma área de manejo, que está no segundo ciclo de colheita, isto é, iniciando a colheita da madeira após 25 anos, que foi iniciado a atividade na área pela primeira vez. Além disso, puderam acompanhar o levantamento das espécies e compreender o processo de mapeamento do local. Durante a exposição de procedimentos de corte, arraste e esplanada principal, o engenheiro florestal da fazenda Renato Olivir Basso, detalhou o planejamento do processo, para que o impacto fosse mínimo.
Segundo o presidente do CIPEM, Rafael Mason, o objetivo do evento foi alcançado com a participação das embaixadas dos países compradores de madeira. “Acho que é muito importante essa conscientização e também para os nossos compradores entenderem mais sobre o manejo, a rastreabilidade, como é a indústria e a sustentabilidade. Fortalece a cadeia como um todo. Nessa área de manejo que fomos, é de segundo ciclo, isto é, há 25 anos foi feito o primeiro manejo e agora retornamos e é possível ver que a floresta está lá e está gerando os recursos que as indústrias precisam, a distribuição social e econômica, tanto para a região quanto para os municípios”, celebrou.
O Manejo Florestal Sustentável é a atividade econômica que mais protege a floresta por meio da colheita de árvores previamente selecionadas, o que garante além da conservação da floresta, ao mesmo tempo que produz renda, justiça social e a produção de forma contínua dos produtos naturais. A secretária de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso Mauren Lazzaretti apresentou, em sua palestra, o manejo florestal em números. O Estado de Mato Grosso, por exemplo, possui três biomas e 53% do território possui floresta Amazônica. Além disso, a cadeia de base florestal representa a economia de 44 municípios do estado, e o objetivo é chegar a 6 milhões de hectares de manejo florestal sustentável até 2030. “Há um grande esforço em desmistificar a cadeia de base Florestal. Existe um mito que a Madeira Nativa é sempre ilegal e advém do desmatamento. O objetivo de dias como este, é mostrar para as pessoas que são formadores de opinião que o manejo florestal sustentável não é desmatamento, mas sim, a colheita das árvores maduras para abrir espaço para que a floresta se restabeleça. Dias como este são importantíssimos. Precisamos de mais pessoas que possam conhecer, replicar e transformar o conhecimento em relação ao manejo florestal sustentável”, explicou.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso (Sindusmad), Wilson José Volkweis, o evento contribuiu para clarear a visão dos participantes quanto à diferença entre o desmatamento e o manejo florestal. “É uma honra muito grande, poder clarear um pouco mais essas informações. Foi possível mostrar para todas as autoridades e embaixadas, que o Manejo Florestal é sustentável, é um trabalho sério e muito bem feito. Autoridades que nunca tiveram a oportunidade de participar na prática como isso funciona. Puderam conhecer todo o operacional, a extração da madeira dentro de um Manejo Florestal Sustentável, além disso, conheceram como é feita uma cadeia de custódia completa, a numeração, o recorte das toras, a secção e acompanhar até o pátio das indústrias para posteriormente seguir até o destino final. Todos ficaram impressionados e gostaram muito”, destacou.