Visita técnica apresenta futura área de instalação do Museu da Madeira

As reservas R1, R2 e R3 devem passar por revitalização e sediarão espaços de convivência, esporte, lazer e cultura

Publicado em: 27 de Fevereiro de 2018
Fonte: Sindusmad

Uma aula de história local, planejamento e preservação ambiental. Foi assim que representantes de algumas instituições conheceram as reservas R1, R2 e R3 no último final de semana. O objetivo é unir forças com a Prefeitura de Sinop para dar celeridade ao projeto de revitalização da áreas, transformando-as em espaços de convivência, esporte, lazer e cultura, tudo em comunhão com a preservação da fauna e flora local. Entre os investimentos, está a instalação do Museu da Madeira.

"Nós precisamos lutar juntos para melhorar nossa cidade e tirar grandes projetos do papel. Sinop está em uma nova fase, nasceu da base florestal e nós queremos seguir investindo nesse crescimento. O museu e todo estrutura serão um presente para os sinopenses, uma valorização da história local", conta o presidente do Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte de Mato Grosso (Sindusmad), Sigfrid Kirsch.

As reservas que devem ser transformadas em parque se localizam em torno da avenida as Itaúbas. Juntas elas totalizam quase 1 milhão de metros quadrados.

"Nós começamos conhecendo essa área ao lado de uma equipe voluntária. O parque é uma união de ideias para preservar a história e o meio ambiente. O Sindicato tem um papel muito importante nesse resgate, nos ajudando a relembrar como tudo começou e planejando um futuro melhor", explica a prefeita Rosana Martinelli que fez a trilha com a equipe.

O primeiro passo, de acordo com a Secretária de Meio Ambiente, Luciane Bertinatto, é diagnosticar os principais problemas e criar projetos para soluciona-los.

"O mais importante para esse parque é recuperar a história e criar ações que recuperem as áreas degradadas, tudo isso permitirá transformar o local em um espaço atrativo de visitação", adianta.

A mobilização de forças foi feita pelo Floresta Urbana, que uniu, além de Sindusmad e a prefeitura, Ministério Público, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso (Crea), ArquiNorte (Associação dos Arquitetos do Norte de Moto Grosso), Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e empresários locais.  

"Esse projeto de transformação já existe há algum tempo, pertence ao executivo municipal. Entretanto, nós queremos acelerar sua implantação e por isso convidamos parceiros para ajudar, com projetos de topografia, arquitetura, engenharia e planejamentos", explica um dos representantes do Floresta Urbana, Milton Malheiros.

Parte da visita ocorreu na R2, na trilha que foi feita por uma equipe de montambick, sendo hoje utilizada para fins esportivos. Já a finalização ocorreu na R3, onde se localiza o viveiro municipal.

Espaço histórico

O inspetor do Crea, Miro Theodoro, guiou a trilha contando histórias e apontando algumas dos motivos que levaram a degradação ambiental do local. Um dos principais locais da visitação, que fica ao final da trilha, é a bica, que, nos primeiros anos de Sinop, servia como ponto de coleta de água para molhar as ruas da cidade.

"Nós fizemos esse caminho para tentar mostrar o que existia ali. Tentar lembrar do passado para planejar o futuro. Havia um lago muito bonito na bica, mas com o passar dos anos ele acabou deixando de existir", lembra Miro.

Essa área conta ainda com resquícios do primeiro aposentado de Sinop, que cuidava da local de abastecimento.